Leituras Janeiro – minha meta é ler um livro em janeiro. Já cumpri a meta na verdade, então aqui estão três outras possíveis leituras, então preciso que você torça por mim rs:
Pessoas Normais foi a primeira leitura do ano. Eu amei o livro e amei o seriado, achei um pouco triste também. Já estou escrevendo a resenha espero conseguir transmitir todos os meus sentimentos nesse texto. Agora estou lendo Cidades Afundam Em Dias Normais em conjunto com a @miallebooks. Esse livro é nacional e conta a história de uma cidade fictícia no meio do cerrado que foi afundada por um lago e agora ressurgiu trazendo à tona muitas histórias. Eu achei muito legal porque costumava inventar uma história parecida para as crianças.
PLANO DE AÇÃO – Feliz ano novo! Começo de ano é uma ótima oportunidade para traçar novos planos e revisitar objetivos. Muita gente é avesso à ideia de registrar seus desejos, mas essa é uma prática importante para ter um propósito de vida e esperanças de um futuro melhor. Então, separei três metas que pretendo alcançar no mês de janeiro.
METAS JANEIRO
Aprender Parabéns Pra Você no ukulele;
Ler Cidades Afundam Em Dias Normais;
Guardar R$20,00.
Mas mais importante que escrever metas é trabalhar para que elas se realizem, por isso é importante ter um plano de ação.
Eu estava parada nas leituras e resolvi reler livros que eu lembro de ter gostado, mas não lembrava muito sobre a história e foi assim que cheguei em Belo Desastre. Em 2012, os New Adults eram a sensação do momento. Jovens adultos problemáticos e cheios de tesão, como não amar?
Em Belo Desastre conheci a Abby “Beija-Flor” Abertnathy, uma garota certinha e meio misteriosa que acaba se envolvendo com seu completo oposto, o mulherengo e problemático lutador Travis “Cachorro Louco” Maddox. Eu não sou Do tipo que problematiza e/ou milita em cima de leituras, mas pra tudo tem uma primeira vez. Não sei como eu e outras garotas ficamos obcecadas pelo Maddox.
– Pra mim chega, Travis. – Não diz isso. – Acabou. Vai pra casa. – Você é a minha casa.
Já falei e mostrei tanto o meu Bullet Journalaqui que às vezes essa conversa parece sem próposito, mas eu juro que não é bem assim. Nesses quase cinco anos de jornada, nunca tinha parado para perguntar de onde veio ou quem inventou, afinal, eu faço esse trem certo? Essas dúvidas foram sanadas no livro do criador do sistema, Ryder Carroll: O Método Bullet Journal.
O INÍCIO
Em 1980, Carroll foi diagnósticado com Distúrbio de Déficit de Atenção, sua maior queixa era a falta de foco. Cansado de levar bronca e frustrado por quase nunca conseguir finalizar suas tarefa, ele resolveu recorrer ao seu velho companheiro de guerra: um caderno. E foi assim que ele conseguiu reunir tudo em um único lugar: agenda, lista de afazeres, anotações e até o seu caderno de desenho; aos poucos ele foi conseguindo organizar sua mente e ficar mais produtivo.
NICHO – Meu feed nunca esteve tão cheio de conteúdo ensinando como fazer sucesso no instagram, não sei se acontece o mesmo com você ou se é porque eu trabalho com isso, mas mesmo assim, vejo contas que não falam necessariamente sobre produção de conteúdo trazendo o assunto a tona. Como tudo na vida, criar conteúdo é uma receita de bolo, mas todas essas técnicas e teorias estão sendo compartilhadas em massa: faz X publicações no feed, Y stories e não esqueça do IGTV! Mas será que não estamos todos falando a mesma coisa?
Já falei várias vezes aqui que o importante não é a história, mas sim como você a conta e o seu jeito é único, então pra que padronizar? Lembra quando o Instagram começou e nós postavamos fotos bobas? Tudo isso mudou e agora a rede social é uma grande vitrine onde você tem a oportunidade de criar um personagem ou ser você mesmo, então porque perder a oportunidade de mostrar ao mundo a pessoa incrível que você é? Qual é o seu critério na hora de seguir alguém: identificação ou inspiração?
Seguidor Fantasma – A primeira ideia que eu vou dar é: desapega dessa ideia de ter seguidor. Números não são tão importantes. Pelo menos não do jeito que você pensa. Foca no seu trabalho e as coisas acontecerão naturalmente. Ao conseguir seguidores de forma não natural, você tem a impressão de que eles são seus, mas é exatamente o oposto.
Muito se fala sobre o algoritmo tentando derrubar o usuário, isso não faz o menor sentido, é o contrário, ele quer te dar visibilidade, mas para isso você precisa ser relevante.
Finalmente criei coragem para fazer o meu portfólio e no final das contas, não foi tão difícil, a parte difÍcil vem agora: a divulgação e o medo de incomodar. Medo de ter dez curtidas e três visualizações nos stories, medo de falar o que as pessoas não querem ouvir, perder seguidor e medo de não ter estudado suficiente.
Tudo isso é irracional, a verdade é que nunca estaremos prontos. Sempre vai faltar um equipamento, uma especialização e nunca vai parecer um bom momento. Outra verdade é que o melhor momento é sempre o agora.
Cretino Irresistível – Em 2013 os sex-sellers estavam em alta, o fenômeno Cinquenta Tons de Cinza fez com que a mulherada ficasse em polvorosa e as livrarias fossem tomadas por romances safados. Então foi assim que eu conheci a história de Bennett Ryan e Chloe Mills. Não é que eu li uma vez e gostei muito, apesar de não ser o meu favorito da série de dez livros, devo ter lido Beautiful Bastard umas oito vezes.
Eu acho as capas lindas, os títulos nem tanto e a história… Bom, vamos lá. Bennett Ryan é um case de sucesso, olha o currículo do executivo da RGM (Ryan Media Group):
Vice-presidente executivo de Marketing de produtos da L’Oreal em Paris, o mais jovem executivo a aparecer na lista “Quarenta com menos de quarenta” da Crain publicada várias vezes no Wall Street Journal. Com um MBA duplo da NYU-Stern School of Business e da HEC Paris, onde se especializou em finanças corporativas e negócios globais, formado com todas as honras.
Eu gostei muito dessa construção do personagem. Pra mim, que entendo um pouquinho de marketing, foi muito divertido passear por todas essas qualificações durante a leitura. Além do currículo impecável, o sr. Ryan tem uma família muito legal, obviamente é lindo de morrer e curte guardar certas calcinhas em uma gaveta secreta.
Outra coisa que gostei, é o fato de os personagens não terem traumas, caso de muitos protagonistas em romances eróticos. Esse é apenas um clichê delicinha sobre um CEO fodão e a secretária.
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E por falar em secretária, Chloe Mills ainda não é um sucesso, mas seu futuro é bem promissor. Focada, decidida e uma megera de primeira, ela é o braço direito do Sr. Ryan com quem vive trocando farpas. Chloe começou na RGM como recepcionista, mas logo se mostrou competente o suficiente para subir e ter acesso ao plano de marketing de uma empreiteira multibilionária, o projeto perfeito para apresentar na banca do MBA, motivo pela qual ela estagia na RMG.
Viciada em lingeries caras e saltos, a srta. Mills só pensa na carreira. Eu gosto muito da Chloe, ela é desbocada, atrevida, independente e pé no chão, também diferente das mocinhas indefesas que estavámos acostumas a ler naquela época.
Então, tudo muda quando DO NADA ela e o Cretino Irresistível fazem sexo, um acidente de percurso. A tensão sexual entre eles é de tirar o fôlego, mas também um desastre, visto que os dois só se comunicam aos berros. E aqui começa a nossa históra, rodadas e mais rodadas de sexo quente, brigas e troca de farpas. E então começamos a ficar desconfortáveis com a ausência de comunicação entre os dois e o quão cientes eles são disso.
Conversamos sobre tudo, exceto o estrago que ele estava causando em meu coração.
Outros problemas interessantes começam a surgir. Se envolver com o chefe pode fazer com que a carreira de Chloe seja questionada. Além disso, foi muito legal ver como as escritoras se preocuparam em mostrar as diferenças de tratamento entre os sexos em ambientes corporativos.
Mas ninguém – nem mesmo minha família – iria me condenar por ser atraído pela Chloe. Ela, por outro lado, ficaria para sempre marcada como a mulher que transou para chegar ao topo.
Eu li Cretino Irresistível em 2013 e amava de verdade. Hoje eu reli, achei meio barato e fiquei abismada com a quantidade de cenas de sexo cafona, mas conseguir enxergar além disso me fez feliz.
Continuo amando apesar de às vezes parecer um pornô barato, mas a gente também se diverte com as brigas gato e rato dos dois, as provocações, os joguinhos e a determinação de uma mulher que não baixa a cabeça pra nenhum cretino, por mais irresistível que ele seja. Amei ter voltado, o sentimento de nostalgia é uma delicia. Ai está um livro que eu nunca vou me livrar. Beijos e até a próxima!
Hashtag – Quando falamos sobre mídias sociais é sempre bom lembrar que não existe mágica e sim estratégia, com as hashtags não é diferente. Seis anos atrás eu fiz um post sobre o jogo da velha.
Na época eu estava super confusa sobre a novidade que surgiu no Twitter e rapidamente se espalhou pelas plataformas.
A hashtag ou jogo da velha, para as crianças dos anos 90, é usada antes de um termo para gerar uma interação dinâmica na rede social em que é utilizada. Esse símbolo otimiza e ajuda seu conteúdo ter mais alcance dentro da comunidade. Para isso você escolhe as melhores dentro do seu nicho e segue algumas regras para não surtir efeito contrário.
O trabalho de identidade visual é bem complexo. Não basta jogar elementos aleatoriamente, exige todo um estudo por trás de cada coisa para que o resultado seja coerente com a proposta da marca.
No caso da minha identidade visual, eu quis trazer a ideia de conforto e memórias, para isso usei as minhas lembranças e as cores ao meu favor.
Fiz um breve estudo para chegar no resultado, fiz um brainstorm sobre o que eu penso quando falo sobre mim e pedi pra algumas pessoas fazerem o mesmo.
Aborto. Uma palavra tão pesada! Não tem um jeito bonito ou legal de falar isso, não tem como dar voltas. É assim, exatamente como acontece: rápido e dolorido. Sempre quis falar sobre o assunto, mas não tinha certeza sobre como iria fazer isso. É uma ideia que cutuca o meu cérebro porque quando aconteceu comigo eu li muitas coisas que me confortaram e achei que devesse fazer isso para confortar também.
Foi em 2018, está fazendo dois anos agora. Eu sempre quis ser mãe, ter familia grande, quatro filhos! Casei jovem e as tentativas aconteciam ocasionalmente, às vezes planejadas, outras nem tanto. Eu tinha acabado de voltar de São Paulo, era a semana do meu aniversário, minha menstruação não tava atrasada, mas meu parceiro na época tinha certeza.
Eu amo contar histórias, minha família é cheia delas! Falo alto, dramatizo e morro de rir mesmo que já tenha contado a mesma coisa quinhetas vezes. Mas nunca tinha me perguntado: por que contamos histórias e por que isso é tão importante? Recentemente, fiz um curso de roteiro para iniciantes cuja primeira aula foi esse questionamento. Por isso, achei válido vir compartilhar um pouco com você.
Então vamos começar dizendo que nunca contamos uma história à toa, sempre tentamos incutir um significado a ela mesmo que nas entrelinhas. Pedro Riguetti meu professor do curso, levantou um ponto que me deixou bastante pensativa, ele disse que até nas histórias mais banais reproduzimos séculos de modus operandi. Mesmo que a história seja à primeira vista inofensiva, podemos estar passado para frente ideias de heteronormatividade e branquitude, por exemplo.
Há cerca de 70 mil anos, os organismos pertencentes à espécie Homo Sapiens começaram a formar estruturas ainda mais elaboradas chamadas culturas. O desenvolvimento subsequente dessas culturas humanas é denominado história.