Recuperando o senso de segurança – Estou lendo O Caminho do Artista e resolvi fazer um registro semanal do meu progresso. Comecei dia 5/6 e essa semana seria foi a semana do recuperarndo o senso de segurança.
Eu sempre achei que não soubesse muito bem o que eu queria ser, sempre achei que a vida ia acontecendo e eu só ia com ela, mas a verdade é que eu amo contar histórias e todos os caminhos me levam a isso.
Primeiro eu amo ouvi-las e depois recontá-las dando meu tom cômico, dramático, cheio de gestos e absurdos. Minha família SEMPRE se divertiu com isso e quando eu finalmente coloquei uma dessas histórias no papel, movemos céus e terra para publicar. Foi o dia mais feliz da minha vida.
Então, o que aconteceu no meio do caminho? Por que eu sou artista de uma obra só?
Eu não me culpo por isso, sei que posso publicar outro livro só daqui 80 anos ou nunca voltar a publicar, isso não muda o fato de eu ser uma escritora. E só pra constar estou escrevendo com água nos olhos porque eu nunca me senti confortável para dizer isso: EU SOU UMA ESCRITORA.
CRENÇAS NEGATIVAS
Para começar responder os questionamentos acima, o livro nos instiga a buscar nosso inimigo interior: as crenças negativas e eu me identifiquei com algumas citadas:
Vou magoar meus amigos e família: eu admiro muito o Raphael Montes, muitas pessoas acham ele gore, mas eu admiro o fato de ele ser um sem-vergonha, no melhor dos sentidos. O cara escreve sobre as coisas mais pesadas e delicadas e não pede desculpas por isso. Tenho medo de que as pessoas me rotulem de algo que não sou por causa de um personagem; de mostrar muito de mim mesma e ser julgada ou envergonhar minha família.
Cometer erros de ortografia: esse aqui. Esse aqui é o motivo de todos os meus traumas, o principal agente do caos. Lá em 2013, quando eu paguei uma editora para me publicar, achei que seria de bom tom reclamar da revisão do meu livro que tinha sido feita de maneira desleixada. A mulher ficou muito brava comigo e hoje eu entendo o que aconteceu, entendo que ela se sentiu desrespeitada, embora eu tivesse sido bastante gentil, mas ela escreveu o que minou toda e qualquer vontade de escrever: aprenda a escrever na sua língua mãe. Duro, né?
Entre outras coisas, as crenças negativas são lembretes cruéis de que eu não sou boa.
AFIRMAÇÕES
Mas para cada crença negativa, existe uma afirmação e eu estou usando a que o próprio livro sugere: Eu, Luma Nunes, sou uma brilhante e prolífica escritora.
Repito todos os dias sempre que possível, sinto um comichão no cérebro, qualquer dia desses, eu começo acreditar.
Além das afirmações, devemos fazer as páginas matinais TODOS OS DIAS, eu consegui fazer um dia certinho e outro meio capenga, mas vou me esforçar mais nessa atividade porque realmente funciona, mas meu Deus! Três páginas todos os dias hahah díficil pra escritora.
A segunda coisa é o encontro com o artista, alguma atividade artística. Eu comprei aquarela e fiz essa primeira pintura e pretendo tirar um tempinho durante a semana para esse exercício.
Enfim, são 10 atividades que não foram totalmente cumpridas, mas que já me ajudaram a sair do lugar comum… Estou ansiosa para começar a segunda semana. Esse relato te fez pensar?
Beijos e até a próxima!