Estou tão feliz! Estou fazendo parte de um clube do livro e o melhor: só tem gente incrível. Começamos o Girassol em Prosa em março . Teve um simbolismo muito legal pelo dia da mulher, pensando nisso decidimos em conjunto ler um livro escrito por uma mulher.
Os Indicados:
♥ O Conto da Aia – Atwood, Margareth
♥ Razão e Sensibilidade – Austen, Jane
♥ Estudos Sobre Veneno – Snyder, Maria V.
E o vencedor foi O Conto da Aia, conforme o título desse post. Para saber mais sobre os outros títulos, basta clicar no nome deles ai em cima 😉
Sinopse:
O Conto da Aia passa-se num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes – tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos.
Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. O nome dessa república é Gilead, mas já foi Estados Unidos da América. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado – há as esposas, as marthas, as salvadoras etc.
À pobre Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar. Offred tem 33 anos. Antes, quando seu país ainda se chamava Estados Unidos, ela era casada e tinha uma filha. Mas o novo regime declarou adúlteros todos os segundos casamentos, assim como as uniões realizadas fora da religião oficial do Estado. Era o caso de Offred. Por isso, sua filha lhe foi tomada e doada para adoção, e ela foi tornada aia, sem nunca mais ter notícias de sua família. É u
ma realidade terrível, mas o ser humano é capaz de se adaptar a tudo. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.
Nossas opiniões:
Bárbara
Com uma escrita um tanto quanto descritiva demais e por vezes monótona, o livro contrasta com os best sellers da atualidade, que em geral, são dinâmicos e de leitura rápida. No entanto, choca com a identificação imediata que o leitor tem com os dias atuais, mesmo sendo uma obra dos anos 80, o que a autora expõe são situações bem próximas da realidade de muitas mulheres em alguns países e levam o leitor a refletir sobre os caminhos que a sociedade atual tem trilhado, reforçando assim, a importância da luta para que cada vez mais direitos sejam conquistados pelas mulheres.
Fernanda
O livro tem um tema importante para nossa sociedade, nos ajuda entender que os direitos conquistados não são absolutos e não podemos ser omissos em relação ao que acontece ao nosso redor, ainda mais em tempos de retrocesso como estamos vivendo. Atwood consegue expressar perfeitamente o terror de não ter controle nenhum sob si enquanto a personagem principal tenta viver num mundo onde sua liberdade foi totalmente tomada pela religião e governo que se tornam um só.
Luma
Tem trinta e dois anos que O Conto da Aia foi escrito e eu realmente me impressionei por ser tão atual. Não li o livro todo, confesso. Achei a história muito legal, porém longa e sem muitos acontecimentos e esse tipo de leitura não funciona pra mim. Mas senti tudo na pele e ainda comecei a assistir a série, cujo primeiro episódio já engloba 70% do livro. Sobre o seriado é muito lindo, muito estético e achei fiel ao livro. Sobre o livro, caramba. Eu consegui me sentir em todos os ambientes e os sentimentos da Offred são passados de forma muito verdadeira e viva para o leitor. Considero uma leitura curiosa e muito bem estruturada.
O encontro foi muito divertido! Trocamos várias experiências e admiramos o pensamento e individualidade de cada uma, além é claro do lanche delicioso haha. Já decidimos a leitura desse mês e já estamos ansiosas para o próximo encontro ♥
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