POR QUE O BULLET JOURNAL AINDA É UMA BOA OPÇÃO?
18.08.2021

Bullet JournalNotion, Trello, Google agenda… G1, Twitter, Facebook, Instagram…

Na época mais conectada da história, estamos rapidamente perdendo o contato com nós mesmos. Inundados por uma enxurrada infinita de informações, somos super estimulados e assim nos sentimos inquietos, temos excesso de trabalho, o que nos deixa descontentes; estamos sempre sintonizados, o que é fatigante. (CARROL, Ryder. O Método Bullet Journal. p. 21)

Se identificou? Já falei sobre o Bullet Journal aqui umas 200 vezes. Faz tempo que não uso como deveria, mas faz falta. Eu sou fã de cadernos, fico babando pelas novidades das papelarias enquanto me culpo pela minha pequena grande coleção encaixotada, mas isso é assunto para depois. Vamos falar um tiquinho sobre o sistema Bullet Journal.

E já que começamos esse post com palavras muito comuns no nosso dia-a-dia, vou acrescentar mais uma: produtividade. Eu tenho certeza que vocês usam essa palavra pelo menos duas vezes no dia, durante a pandemia (fonte: vozes da minha cabeça). Semestre passado, eu estava sobrecarregada: trabalhando em duas escolas, pegando freelas adoidada, faculdade… Resolvi chamar isso de produtividade, quando na verdade, eu estava sobrecarregada.

Em vez de sermos proativos no estabelecimento de prioridades, muitos de nós simplesmente reagimos ao estímulo recebido, mergulhando, com o tempo, em um oceano cada vez maior de responsabilidades. (CARROL, Ryder. O Método Bullet Journal. p. 28)

Beleza, então parece que falei um monte de coisas soltas, né? O que isso tem a ver com o Bujo? Vamos voltar lá na primeira linha. Durante a pandemia, passei bastante tempo na frente de telas e isso me deu a falsa sensação de que eu não precisa mais do meu companheiro analógico. Então, tentei usar todas as coisas listadas no início do post: anotava umas coisas em post it, anexava outras no notion, coloquei projetos no trello… mas é óbvio que virou a maior meleca. Gastei tempo e energia me desorganizando, paralisei devido às distrações digitais.

Mas lição aprendida, ser produtivo não é sobre fazer o maior número de coisas possíveis, mas sobre fazer com qualidade o que é proposto. Fazer as coisas em um caderno é um momento de encontro consigo mesmo, sem distrações, organizando o tempo para cada atividade. Isso só é possível devido a atenção plena (não, não revire os olhos ainda! Não tem nada a ver com aquele papo de coach, juro juradinho!). A atenção plena é literalmente prestar atenção no que está sendo feito.

Esquecemos rápido demais as coisas que pensávamos que nunca esqueceríamos. Esquecemos, da mesma forma, de amores e traições, esquecemos do que sussurramos e do que gritamos, esquecemos de quem somos […]. É uma boa ideia, então manter contato, e acho que cadernos são perfeitos para isso. Todos estamos sozinhos no que diz respeito a manter essas linhas abertas para nós mesmos: seu caderno nunca vai me ajudar nem o meu vai ajudar você. (DIDION, Joan. On Keeping a Notebook. p. 139)

Então, o método Bullet Journal te ajuda a continuar focado no seu propósito. Através da produtividade e atenção plena, você começa definir o que é e por que o seu propósito é importante, e também qual a melhor forma de alcançar o seus objetivos.

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