AOS PERDIDOS, COM AMOR
14.03.2019

Aos Perdidos, Com Amor

Autor: Brigid Kemmerer
Editora: Plataforma21
Páginas: 450
Sinopse: Juliet Young sempre escreveu cartas para sua mãe. Mesmo depois da morte dela, continua escrevendo – e as deixa no cemitério. É a única coisa que tem ajudado a jovem a não se perder de si mesma. Já Declan Murphy é o típico rebelde. O cara da escola de quem sempre desconfiam que fará algo errado, ou até ilegal. O que poucos sabem é que, apesar da aparência durona, ele se sente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço comunitário no cemitério local, vive assombrado por fantasmas do passado.

Um dia, Declan encontra uma carta anônima em um túmulo e reconhece a dor presente nela. Assim, começa a se corresponder com uma desconhecida… exceto por um detalhe: Juliet e Declan não são completos desconhecidos um do outro.
Eles estudam na mesma escola, porém são tão diferentes que sempre se repeliram. E agora, sem saber, trocam os segredos mais íntimos. Mas, aos poucos, a vida real começa a interferir no universo particular das confidências.
E isso pode separá-los ou uni-los para sempre. Entre cartas, e-mails e relatos, Brigid Kemmerer constrói uma trama intensa, repleta de descobertas e narrada sob o ponto de vista dos dois personagens. Uma história de amor moderna de arrebatar o coração.
Nota: ♥♥♥♥

Sobre a história

Juliet sofre pela morte recente da mãe que era uma premiada fotógrafa de guerra. Elas costumavam se comunicar por cartas e Ju não conseguiu parar de escrever, deixando-as sempre no cemitério como uma forma de se sentir conectada com a mãe.

Declan é rebelde, mas é só reflexo de um interior caótico. Como consequência de um dos seus atos, ele faz trabalho comunitário aparando a grama do cemitério local.
Um dia, ele encontra uma carta que toca seu coração. Sem pensar ele faz um comentário a lápis no cantinho, mas não esperava o desdobramento que estava por vir.

A princípio, Juliet fica possessa com a atitude do desconhecido que teve a coragem de escrever em uma de suas cartas. Porém, eles acabam se conectando através de outras cartas.
O que eles não sabem é que se conhecem e se detestam na vida real… Mas será que isso é mesmo um problema?

O QUE EU ACHEI DE AOS PERDIDOS, COM AMOR

Primeiramente, quem me apresentou essa capa lindíssima foi a @miallebooks e eu propus uma leitura conjunta com a minha amiga Mari.
A minha primeira impressão sobre a Juliet foi que ela é muito dramática e exagerada e isso me cansou um pouco.

Tenho um pouco de dificuldade em me ambientar em livros YA porque toda essa intensidade adolescente me cansa e eu custo entrar no clima, mas depois acaba fluindo. Inclusive, foi por isso que tirei uma estrela rs.

Logo nas primeiras páginas, nota-se que a escritora fez um bom trabalho de pesquisa em relação a fotografia. A mãe de Juliet era fotógrafa e o modo como ela descreve as fotografias e até mesmo termos mais técnicos foi ótimo.

O Declan, eu gostei de cara, embora tenha achado umas atitudes meio idiotas, mas quem nunca, né? Fiquei muito impressionada com o quanto ele foi negligenciado pela família e isso me deixou maluca.
Mas quem roubou mesmo meu coração foi o Rev, seu melhor amigo.

Gostei bastante da leitura, sobretudo das últimas 150 páginas, teve um plot twist que eu fiquei CACETE! Achei super legal o envolvimento dos professores na vida dos meninos, mostrando como são figuras importantes no nosso desenvolvimento.

Recomendo, mas não se assuste com a quantidade de páginas porque é bem gostosinho e os capítulos são curtos e intercalados entre Juliet e Declan, por isso a leitura é tão envolvente. Enfim, o livro tem tantas lições lindas sobre amizade, amor, superação, perdão e como os adultos, que muitas vezes idealizamos como heróis, são falhos. Tudo isso sem frases prontas e clichês.

Trechos

“Eu nem te conheço, mas sinto que te entendo. Sinto que você me entende. E é disso que eu mais gosto nessa história.”

“Sob as pancadas do acaso, minha cabeça sangra, mas permanece erguida. Em outras palavras, a vida sabe encaixar um bom gancho, mas ela não vai me derrubar.”

“Esse é o problema. Não tenho a coragem dela. Nunca tive. Se ela era um fogo de artifício que ilumina o céu, eu sou um fósforo prestes a se apagar antes mesmo de conseguir fazer qualquer coisa”.

“Não há alegria que o mundo possa dar como a que ele tira, quando o brilho do primeiro pensamento definha na triste decomposição do sentimento.”

“Quando tudo ao seu redor está perdido, só há um caminho a seguir: para a frente.”

“[…] será que existe alguma forma de mostrarmos mais de nós mesmos? Ou será que estamos todos presos em uma única foto que não conta a história inteira?

6 comentários

  • Cristianne Beda disse:

    Amei a dica do livro! Obrigada por compartilhar?

  • Fernanda disse:

    Me deu ainda mais vontade de ler! E eu tava só apaixonada pela capa mesmo!
    Você conseguiu se distrair melhor com esse?

  • Thaís disse:

    Eu tô doida pra ler esse livro!!!! Sua resenha está maravilhosa e me deixou com mais vontade de ler ❤️

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