HOZIER
21.03.2025

Se você já ouviu Take Me to Church, provavelmente conhece Hozier, mas esse artista irlandês vai muito além de um sucesso viral. Com uma voz profunda e letras poéticas, ele construiu uma carreira marcada por músicas que misturam paixão, melancolia e crítica social.

Nascido Andrew John Hozier-Byrne, o cantor de 35 anos é pisciano e tem suas influências principalmente no blues, folk e soul. Antes da fama, Hozier estudava música no Trinity College Dublin, com foco em teoria musical e performance. No entanto, ele abandonou os estudos para se dedicar completamente à carreira artística.

Então, ele compõe Take Me to Church em 2013 e grava a música no sótão da casa de seus pais, abordando temas como repressão religiosa e liberdade de expressão. O videoclipe mostra um casal gay sendo perseguido e viralizou rapidamente no YouTube e no Reddit, chamando a atenção da gravadora Columbia Records, que lançou a faixa mundialmente. A canção foi indicada ao Grammy de Canção do Ano em 2015 e consolidou Hozier como um artista relevante na cena musical.

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BABYGIRL (HALINA REIJN)
20.03.2025

Em Babygirl, Romy é uma poderosa CEO de 57 anos que tem todos os aspectos da sua vida sob controle: um casamento sólido, filhas amorosas e uma empresa de sucesso. Uma mulher bem-sucedida. No entanto, em um dia aparentemente comum, algo a desestabiliza. A caminho do trabalho, ela se depara com um cachorro feroz correndo em sua direção. O terror dura apenas alguns segundos, pois um assovio corta o ar e o animal muda de curso indo na direção oposta para receber petiscos das mãos de um rapaz. Esse rapaz é Samuel, um estagiário da empresa de Romy. Pouco se sabe sobre ele, exceto que suas atitudes são atrevidas e desafiadoras.

Desde o início, o filme deixa claro que, apesar de Romy ter o mundo aos seus pés, algo lhe falta: o direito ao orgasmo. Na cena de abertura, vemos um momento ardente entre ela e seu esposo bonitão, mas quando o sexo termina, Romy se dirige apressadamente ao escritório e, sozinha, alcança o clímax assistindo a um filme pornográfico.

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PSICOLOGIA
17.03.2025

Comecei a estudar Psicologia. Tenho 33 anos e minha sala é cheia de adolescentes — o que, pra mim, é um desmotivador. Além disso, os nomes das matérias são supercomplexos, o que me deixou completamente perdida. E essa, para mim, é a pior parte de aprender algo novo: perceber o quanto ainda somos ignorantes naquele assunto.

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100 – 91: OS 100 MELHORES DISCOS DA MÚSICA BRASILEIRA SEGUNDO A ROLLING STONES
25.02.2025

Resolvi escutar a lista dos 100 maiores discos da música brasileira, publicada pela revista Rolling Stone Brasil em outubro de 2007. Não faço críticas profissionais e muito menos entendo de música, mas achei que fosse ser legal diversificar um pouco a minha playlist. Então, um LEMBRETE IMPORTANTE: esse post é subjetivo.

100. Circense – Egberto Gismonti (1980)

Contexto: este trabalho instrumental destaca-se pela fusão de música erudita, jazz e elementos da música brasileira, evidenciando a versatilidade e genialidade de Gismonti como compositor e multi-instrumentista.

Minha opinião: nunca tinha escutado falar do Egberto Gismonti, comecei ouvir meio desanimada e com certa resistência, mas pra minha surpresa, acabei gostando. Apesar de ser animado, se você colocar só pra ouvir, vai ser entediante, mas achei um ótimo companheiro para escrita (pra leitura achei agitado demais).
Nota: 7/10

99. Revoluções Por Minuto – RPM (1985)

Contexto: marcado por hits que dominaram as paradas, este álbum mescla rock e música eletrônica, refletindo as tendências musicais dos anos 80 no Brasil.

Minha opinião: de RPM eu acho que só conhecia a música do BBB e Olhar 43, acredita? A real é que acho a voz do Paulo Ricardo irritante e as batidas meio psicodélicas entraram na minha cabeça e quase não saíram mais, mas não de uma forma positiva.
Nota: 5/10

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ORAÇÃO PARA DESAPARECER (SOCORRO ACIOLI)
24.02.2025

Oração para Desaparecer apareceu no meu feed por meses, sempre com ótimas avaliações e resenhas bem elaboradas, então fui com muita sede ao pote, mas infelizmente, para mim, não funcionou.

A história de Aparecida começa de forma intrigante: ela é desenterrada viva em Portugal, nua, careca e sem memórias de quem foi. No entanto, essa premissa promissora logo se perde. Uma família a acolhe e explica que ela é uma ressurrecta (essa palavra kkkk), ou seja, uma pessoa que quase morre em algum lugar do mundo e reaparece em outro ponto. A função dessa família é incentivá-la a recuperar suas lembranças.

Aparecida tem sonhos confusos nos quais pequenos fragmentos de sua antiga vida aparecem, mas nada parece se conectar de verdade.

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[SEM DATA] ALVORADA, TO
24.02.2025

Querida Evinha, boa noite, amor!
Eis-me nesta sossegada cidade de Alvorada. Uma cidade que encontrei adormecida às nove horas da noite. Começo amanhã meu trabalho, espero que corra tudo bem, embora os negócios estejam um pouco parados. Estou meio melancólico, mas isso passará, espero.

Ah! Escrevo para “aquela que me medita. Ela sonha e esse sonho sou eu.” E depois, quando em mãos, não se tem papel para transmitir ideias – cria-se condições, mesmo sendo inapropriadas são válidas.

Como alma perdida, na escuridão da noite, vaguei pelos cumpridos corredores do hotelzinho de 2ª classe, onde sem luz passo a noite. Queria escrever-lhe mas não tinha papel, resolvi então sair em busca. Tateando pelos corredores batia na porta da direita e da esquerda:
— Me arruma uma folha de papel? E a resposta:
— Não tenho.
No finalzinho do corredor encontrei estas folhas de caderno. Ufa! que alívio.

E agora, eis-me aqui, sentado a sua frente. Cigarro nos lábios, papel e caneta a mão, rosto inclinado – e as ideias? Sumiram!!!

De todos os defeitos que trago comigo, o menos elogiável é sem dúvida, a falta de conhecimentos, os demais são imperdoáveis, mas fazem parte da vida e as pessoas podem até compreendê-los.

…Um rosto inclinado que pensa. Pensa em você e só sabe dizer: “Evinha” “Evinha” “meu benzinho” “Meu benzinho” “Eu te amo “Eu te amo”.

Pretinha querida, quando na 2ª feira que sai dai, vim dormir em Guaraí, onde vendi 250 mil. Na 3ª, dormi em Miranorte, onde vendi 160 mil. Na 4ª, fui à Lagoa da Confusão, mas na volta dormi em Cristalândia. E hoje 5ª, aqui estou em Alvorada, de onde lhe escrevo.

Não consegui encontrar a Terezinha. Falei com o pai dela -sr. Plandô. Mas o cano foi confirmado. Adeus tutú!

Quanto a mulher de Alvorada, prometeu arrumar o dinheiro de hoje até 2ª feira próxima.

O Gabriel foi embora, ele me aborrece um pouco, mas quando ele vai, sinto falta. Talvez seja a falta de seus enjoamentos.

Evinha, nós, os homens, tomamos ares importantes, mas conhecemos, no intimo do coração, a hesitação, a dúvida, a tristeza…

O Gabriel está terrivelmente abatido… Os negócios… A Aninha etc. etc. Pediu-me ele, que arrumasse 250 mil em cheques dos meus fregueses e + 250 mil quando for ao Mato Grosso, totalizando 500 mil, em troca da variante. Tive de aceitar. Agora temos dois carros, mas fico devendo as firmas.

Diante das dificuldades para concretizar nossa união. Diante dos prejuízos que venho tomando, senti um pouco em duvida, mas acabei por topar a parada, porque penso que “o viajante que sobe uma montanha na direção de uma estrela, quando se deixa absorver pelos problemas da escalada, está arriscado a esquecer qual estrela o guia”. Se só age por agir, não irá a parte alguma. E eu não quero esquecer a minha estrela, porque sem você não irei a parte alguma. Talvez este negócio, um pouco arriscado, seja a solução mais rápida para nós. Queria que minha “estrela” tivesse confiança em mim e não pensasse que estou acomodado, como você vem pensando.

De outra parte penso que, a zeladora de uma igreja, quando se preocupa demasiado com a disposição das cadeiras, está arriscada a esquecer que serve a um Deus. Assim, prendendo-me demasiadamente a ideia de só arrumar o dinheiro para o casamento, estou arriscado a esquecer a noiva.

Evinha, inclinado sob a luz da vela já queimei o cabelo duas vezes, mas é por causa da fumaça do cigarro que tenho picumã no nariz.

Meu benzinho, tenho tentado disfarçar minhas preocupações, mas a verdade é que, estou constantemente envolvido pelas próprias condições do aborrecimento. E entretanto, divindades invisíveis constroem-nos numa rede de direções, de declives e de sinais, numa musculatura secreta e viva. Não há mais uniformidade. Tudo se orienta. Até mesmo um silêncio em mim, não se parece com outro silencio.

Sabe, Evinha, pensando bem, há um silêncio de paz, quando estou escrevendo a você, quando a noite traz sua frescura e parece que a gente para num porto seguro, como sua presença amiga e companheira. Há um silencio do meio dia, quando o sol impede os pensamentos e os movimentos. Há um falso silêncio, quando você está distante, porque conheço de perto a religião interior. Há um silêncio de conspiração, quando se sabe que as pessoas tentam fazer sua cabecinha contra mim. Há um silêncio de mistérios, quando os inimigos que a gente pensa ser amigos se reúnem e confabulam para saber nossas vidas. Há um silêncio tenso, quando estou longe e me veem temores de que jamais voltarei a vê-la. Um silencio agudo quando, a noite, a gente prende a respiração para escutar. Um silencio melancólico, se a gente se lembrar do que ama.

DISCLAIMER

Encontrei algumas cartas que meu pai escreveu para minha mãe, essa estava sem data mas desconfio que seja no início dos anos 80.

ESCUTA EMPÁTICA
19.02.2025

Há quem diz ser bom ouvinte. Eu conheço uma pessoa capaz de ouvir horas e não falar um A, sempre admirei essa característica. Fazendo o curso de UX/UI, descobri que entre as cinco coisas mais procuradas em um profissional está a empatia. Dessa forma, a primeira aula do curso é sobre escuta empática.

4 PASSOS DA ESCUTA EMPÁTICA

OBSERVAÇÃO: Em primeiro lugar, ouça e atente-se ao que a pessoa tem a dizer sem julgamentos.
SENTIMENTO: Logo depois, verbalize o que o outro possa estar sentindo para que ele sinta-se à vontade e comente espontaneamente sobre o ocorrido. Por exemplo: “Você ficou muito triste?”
NECESSIDADE: Então, investigue a necessidade da pessoa. Empatia é buscar pela necessidade do outro. Ouça atentamente e se pergunte “do que essa pessoa precisa nesse momento?
PEDIDO: Finalmente, ajude a pessoa a tirar uma ação ou fazer um pedido para que ela se sinta melhor.

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AQUELA EM QUE EU NÃO SABIA O QUE ESCREVER
17.02.2025

Queria escrever, mas dai tomei muito café e em troca recebi muita tremedeira. Dessas que chacoalham a gente por dentro, sabe? Vão querer dizer que é ansiedade, mas eu não deixo. Estou com vontade de chorar, mas não é angústia, aquele choro ruim… É só vontade mesmo, de tédio. Tem dias que eu tô assim, sento na cama e falo: vai, Luma, eu deixo você chorar, dai não choro e vou lá arrumar meu quarto que tá uma bagunça. Talvez se eu assistir uma comédia romântica bem água com açúcar resolva.

Me sinto mal por ter o blog há dez anos e não saber mais como usá-lo. Antes tinha resenha, foto, livro, tudo, nada e era bom, agora estou confusa, então resolvi fazer texto porque queria contar como foi meu dia ou sei lá, só falar sobre as coisas da vida mesmo.

A primeira coisa é que eu comecei reparar que ando muito resistente pra gostar das pessoas. É que eu não quero me machucar e eu sei que isso é inevitável, sofrer faz parte da experiência, mas não sei, tanto tempo de coração fechado me deixou desconfiada e me parece tão cansativo isso de gostar. Tem que pensar se é reciproco, tem que pensar em como ou por que, tenho que pensar no que digitar, não sei se sou carinhosa o suficiente ou se estou sendo fria demais… Sabe, eu achava que quando fosse pra valer, não teria como fugir, achei que fosse mais simples, com 17 anos, era.

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O MILAGRE DA MANHÃ (HAL ELROD)
30.01.2025

O Milagre da Manhã – Livros de autoconhecimento possuem muitos admiradores e muitos haters. Eu fico no meio: não acho que sejam grandes coisas, capazes de promover mudanças de vida, mas acho que podem ser motivadores, inspiradores e o mais importante: uma grande ferramenta para sabermos como está o nosso termômetro de pensamento crítico.

Eu sou uma pessoa zero matinal, nunca fui uma pessoa que tem facilidade de acordar cedo, por isso, me interessei pelo Milagre da Manhã. O livro que promete mudar a sua vida antes das oito da manhã. Quero começar essa resenha dizendo que 50% do livro é o cara tentando te vender a plataforma de coach dele, 45% repetindo as informações com outras palavras (ele também tira um tempo tempo pra explicar o que a palavra “intencional” significa). Além disso, alguns dados surgem do nada com a fonte sendo: acabei de ler um artigo apenas (tipo quando eu digo “depois de ler em meu TikTok…”), por isso vou tentar focar essa resenha nos 5% que aproveitei da leitura, além de trazer reflexões baseadas em artigos (creditados no final)  sobre capitalismo e sono.

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WELCOME TO MY DELIRIUM
31.12.2024

Welcome to my delirium – Ter um novo caderno para começar o ano é uma tradição que carrego comigo. Confesso que já acumulei uma quantidade quase maníaca de cadernos inacabados, mas não consigo resistir à ritualística de iniciar algo novo no primeiro dia do ano. Nos últimos anos, escolhi as cadernetas da Muisis, que gosto bastante. Este ano, no entanto, nenhuma das capas chamou a minha atenção. Por isso, comecei uma busca online por algo que encantasse meu olhar e encontrei a Ffovy por meio de um post patrocinado no Instagram.

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SEDUTOR: SELVAGEM IRRESISTÍVEL
17.10.2024

Sedutor: Selvagem Irresistível promete ser um romance envolvente, com uma protagonista em busca de autodescoberta e um cenário que vai de Las Vegas a Paris. No entanto, apesar da premissa interessante e de alguns pontos altos, o livro deixa a desejar em certos aspectos.

Personagens

A história é narrada do ponto de vista de Mia, uma ex-bailarina que teve sua carreira interrompida por um acidente que fraturou sua perna. Além disso, ela precisa lidar com um pai abusivo e o fato de estar prestes a iniciar uma faculdade de administração em Boston, algo que ela detesta. A escritora descreve Mia como uma pessoa tímida e retraída, mas suas atitudes ao longo da história não condizem com essa descrição. A falta do princípio “show, don’t tell” enfraquece a construção de sua personalidade, tornando-a pouco envolvente.

Em contrapartida, Ansel, apresenta muito mais nuances. Apesar de Mia narrar a história, é Ansel que ganha destaque com uma trajetória mais rica: ele é um francês impulsivo que trabalha em um emprego que o sobrecarrega e sua vida é envolta de mistérios como, por exemplo, sua relação com Perry. Essa disparidade entre os dois protagonistas prejudica a conexão com Mia, deixando-a em segundo plano na própria narrativa.

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ARMADILHA (M. NIGHT SHYAMALAN)
27.09.2024

Quando decidi assistir Armadilha no cinema, fui motivada pelo histórico do M. Night Shyamalan, um diretor que já havia me surpreendido com obras como O Sexto Sentido e Fragmentado. A história se desenrola com Cooper (Josh Harnett) levando sua filha para o show da grande promessa do pop: Lady Raven.

O que parecia ser uma simples noite de entretenimento logo se revela como uma armadilha arquitetada para capturar um serial killer conhecido como O Açougueiro.

A ideia tem fundamento: em 1985, o Serviço de Delegados dos EUA conduziu a Operação Flagship, uma emboscada que convenceu mais de 3.000 fugitivos a comparecerem a uma falsa cerimônia de premiação com a promessa de ganhar ingressos para um jogo de futebol americano.

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