GAROTAS TRISTES – LANG LEAV
27.11.2018

Garotas Tristes

Garotas Tristes
Autor :
Lang Leav
Editora : Globo Alt
Páginas : 416
Sinopse : O luto toma conta da cidade quando Ana tira a própria vida, mas é Audrey, uma colega de classe pouco próxima da garota, que o sente mais profundamente: uma mentira inventada por ela pode estar por trás do suicídio. Lucy e Candela, suas melhores amigas, ajudam-na a manter a história em segredo, sem saber que a trama toda foi inventada por ela.
Após o ocorrido, a vida das garotas entra numa espiral decadente. Entre os ataques de pânico constantes de Audrey, a nova rotina obscura de Candela e a tentativa de mediação de Lucy, uma amizade até então estruturada começa a ruir. Um novo romance parece ser exatamente o que Audrey precisa, mas o misterioso Rad não pode ser o par ideal. Ou pode?
Enquanto tenta equilibrar um romance inadequado, o começo de uma carreira e o próprio egoísmo, Audrey tem que lidar com as consequências de seus atos: a ansiedade constante e a forma como sua mentira afetou todos ao seu redor.
Nota: ♥♥♥♥♡

SOBRE A HISTÓRIA

No seu último ano de escola Audrey se vê em uma situação pesada: Ana, uma de suas colegas, se suicidou por causa de um boato inventado por ela. No velório, Audrey acaba conhecendo Rad – o namorado de Ana – a conexão entre eles é imediata, porém a amizade é um tanto conturbada, pois ambos acabam sendo julgados.

A relação de Audrey com sua mãe é cheia de tropeços por causa de erros do passado e essa nova amizade contribui para que as duas se distanciem ainda mais. Outra relação prejudicada é seu namoro com Duck, o garoto com quem ela namora desde sempre e que a salvou de um afogamento na infância.

O segredo que Audrey carrega faz com que a garota tenha crises de pânico e nas sessões de terapia ela tenta lidar com a culpa. Além disso, ela pode contar com suas duas melhores amigas: Lucy – que é super fofa e tem uma vida perfeita com o namorado Freddy e Candela – a garota mais próxima a Ana – que lida com seu luto de uma forma totalmente destrutiva.

Audrey embarca em um caminho cheio de descobertas, passando por altos e baixos, tentando se libertar da culpa sem saber que há um segredo muito maior por trás de tudo o que ela está passando.

O QUE EU ACHEI DE GAROTAS TRISTES

Foi uma leitura lenta e toda vez eu tirava um trechinho que achava interessante. Precisei de uns dias para sentar as ideias na minha cabeça e agora vos trago conclusões.

Comprei Garotas Tristes porque achei o título chamativo, capa lindíssima e a sinopse fechou tudo com chave de ouro. Eu gostei bastante da escrita da autora e do tema escolhido por ela, mas acho que tudo se perdeu no meio do caminho. Tinha tanta coisa a ser explorada, mas a trilha escolhida foi a mais fútil: o romance.

Audrey estava passando por muitas coisas que mereciam ser colocadas em um holofote: toda a questão do suicídio, problemas psicológicos, liberdade recém adquirida, estudos, família, amizades… Os personagens acabaram ficando rasos e suas histórias se perdendo e vários assuntos foram sendo jogados e jogados e jogados e… Cadê? Senti falta de um final para eles, senti falta de conhecê-los e de sentir suas histórias de aprofundando.

Apesar de ter ficado surpresa com o final, percebi que encerrei o livro com muitos questionamentos e o principal deles: do que, exatamente, se tratava Garotas Tristes? Queria mais. Muito mais.

Mas me fez pensar muito. Os diálogos são lindos e nos levam a reflexões fortes, por exemplo: O que é necessário para fazer com que a gente deixe de amar uma pessoa?

TRECHOS

“Ela costumava dizer que as coisas mais lindas são danificadas de alguma maneira.”

“A juventude é desperdiçada com os jovens.”

“Essa é a questão sobre escritores: por um lado, tudo é sagrado pra eles; mas, por outro, nada é de verdade.”

“Às vezes nos apegamos às coisas, só pelo bem delas.”

“Não quero me apaixonar por outra garota triste.”

“Aprendi que a escrita é o prêmio de consolação que você recebe quando não consegue a coisa que mais quer.”

“Seu primeiro amor não é a primeira pessoa a quem você dá o coração: é a primeira pessoa que o quebra.”

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