Todos passamos por momentos que mudam tudo, mas nem sempre estamos atentos. Quantas vezes queremos muito algo e nem nos damos conta quando acontece?
Quando estou triste gosto de olhar para trás e ir listando todos os acontecimentos que me trouxeram ao hoje. Passeio pela minha infância, meus anos de escola, os trabalhos que eu tive, as pessoas com quem me relacionei, meus amigos, as pessoas que ficaram pelo caminho, os animais que moraram comigo, minha família, os dias que ri, os dias que chorei, enfim.
Agora, me dei conta de que faz tempo que eu não me sinto perdida. Talvez devesse, até porque estou em um dos meus piores momentos financeiros, me aventurando em outra profissão e questionando minhas escolhas que, no momento, envolvem morrer solteira.
Quem cresceu apaixonada pelos clássicos românticos já percebeu: as histórias de amor da ficção já não são mais as mesmas. O romance, que antes era o centro da narrativa, hoje aparece diluído, quase escondido em meio a doses exageradas de comédia.
Se antes vibrávamos com a notícia de uma adaptação, hoje a sensação é de desânimo, pois já sabemos que dificilmente ela vai entregar a mesma magia. Os New Adults, por exemplo, não funcionam tão bem nas telas.
Um bom exemplo é Belo Desastre. Lançado em 2011, o livro foi febre absoluta, mesmo carregando problemáticas. Mas a adaptação demorou quase 15 anos para sair, quando a legião de fãs já tinha amadurecido e perdido o encanto pelo clichê do bad boy universitário. Era o fim do bad boy, o público já havia migrado para outras fantasias (oi, milionário dominador!) e o filme acabou vergonhoso, infiel e irrelevante, passando despercebido até pelos assinantes de streaming.
Outubro mal começou e já promete ser um prato cheio para quem gosta de acompanhar novidades no mundinho Netflix. Entre estreias muito aguardadas e produções que chegam cheias de expectativa, três lançamentos chamaram minha atenção e já entraram para a minha lista do mês.
Monstro: a história de Ed Gein
A história real do serial killer e ladrão de túmulos que de tão cruel que inspirou os filmes mais aterrorizantes de Hollywood: O Silêncio dos Inocentes, Psicose e O Massacre da Serra Elétrica. Criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, a série é o novo volume da coleção Monsters, dando continuidade à antologia após “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais”. A produção de true crime se passa na Winsconsin rural de 1950 e conta a repulsiva história de Eddie Gein, um homem aparentemente tranquilo e solitário que vivia em uma fazenda decadente. A propriedade, porém, escondia os horrores cometidos por um dos maiores assassinos e ladrões de túmulos da história dos Estados Unidos. Ed era consumido por psicose e uma obsessão macabra pela própria mãe que o levou a cometer atrocidades com múltiplas vítimas. Data prevista para lançamento: 3 de outubro Onde assistir? Netflix
Quando pensamos em séries policiais, é comum lembrarmos das produções americanas que dominam as plataformas de streaming. Mas a verdade é que o Brasil também tem criado histórias intensas, cheias de suspense e muito bem produzidas. Está mais do que na hora de valorizarmos o que é nosso e mergulharmos nessas narrativas nacionais que não deixam nada a desejar quando comparadas às produções estrangeiras. Aqui estão três sugestões de série policiais que eu amei:
Dupla Identidade (2014)
Escrita por Glória Perez e dirigida por René Sampaio, a série é uma produção da Globoplay e tem apenas uma temporada. Estrelada por Bruno Gagliasso, Luana Piovani, Débora Falabella e Marcello Novaes, Dupla Identidade conta a história de Edu (Bruno Gagliasso), um serial killer de mulheres muito atraente. Apesar de ter achado tudo americanizado demais, eu gostei. Quer dizer, temos nossas próprias histórias para contar, não precisamos nos basear em Ted Bundy e FBI, né? Apesar disso, acho que a série me surpreendeu pela fotografia e pelos personagens (principalmente Edu e Rai) que se desenvolvem muito bem no decorrer da trama.
Viajar sozinha era o primeiro item da minha Bucket List e já comecei falhando. Mas calma! Meio que deu certo também.
Uma vez, eu tive um namorado que amava viajar, tipo, muito mesmo. Mas uma coisa me irritava: ele sempre ia para os mesmos lugares. Eu ficava ali sem entender aquela fixação em voltar para o já conhecido quando se tem um mundo inteiro disponível. Claro, eu entendo que pra muita gente, ter muita opção é angustiante, mas acho que essa é uma das poucas coisas que fogem da minha personalidade virginiana: eu tenho uma curiosidade genuína pelo desconhecido. Te explico.
Eu passei todos os anos da infância e adolescência viajando apenas para o interior do Tocantins para visitar parentes. Aquilo me deixava em conflito: por um lado adorava estar ali, ver minha família e ser uma novidade na cidade minúscula, mas também me estressava porque não tinha absolutamente NADA de interessante acontecendo. Na última vez que fui, aos 16 anos, vivi um romance de verão com o vizinho e essa foi a coisa mais relevante que rolou.
2014 – Quando fui morar em Uberlândia depois de ter gostado muito de visitar a cdade pela primeira vez em 2010
Foi meu último dia no trabalho. Deixei um documento explicando para a minha sucessora toda a minha rotina para que ela não fique tão perdida e escrevi um textinho de despedida, além de deixar uma mensagem bonita no quadro para as meninas. Também limpei as gavetas.
Vou sentir saudade de vcs, meninas…
Ser jornalista nunca foi algo que eu sonhei, eu sequer me apaixonei pela profissão, mas nesse trabalho eu encontrei muita coisa: um oportunidade de aprender mais, amigas leais e uma rotina confortável que me permitiu muita coisa. Então, como nem tudo são flores, essa não foi uma despedida fácil.
Não foi, principalmente porque não foi só um até logo, sei que estou exagerando em tudo, mas a sentimento que me sufoca a garganta é o de que de alguma forma, eu não dei certo na vida. A incapacidade de me resolver sozinha.
Um tempo atrás eu teria olhado para trás em pânico porque tudo parece uma bagunça, a vida que eu levo, as dívidas que possuo, os caras em quem eu acredito. Hoje eu sinto só… esse amargo de que parece que eu não tomo boas decisões.
O aniversário da Helena foi ótimo!
Eu nem sei porque estou tão dramática a respeito disso porque eu literalmente pedi por isso. Por uma grande mudança. Mas poxa, universo, não dava pra fazer em suaves parcelas?
Helena 2 anos, reforma de casa e missão madrinha
Minha casa segue em reforma, uma mudança física. O cômodo mais afetado foi o meu quarto, também conhecido como o meu santuário e que agora já tem mais de 30 dias que mas eu decidi que eu farei o que tiver que ser feito e só depois pensar no meu quarto. Até agora, vi que preciso comprar um guarda-roupa, um criado mudo, um abajur, um tapete, tinha e massa, instalar o ar, comprar uma cortina (talvez eu faça), preciso de uma cadeira (achei uma que amei, mas… vamos ver), preciso comprar a palha indiana também, pintar a cama e mais pra frente comprar um colchão novo, caixas organizadoras e uma luminária bonita pro teto.
Missão madrinha concluída com sucesso
Agora duas coisas estão na frente: a festinha de aniversário de 2 aninhos da Helena (aqui será só mão de obra) e a viagem pra Uberlândia… Comprei a passagem de ida e irei ficar em um airbnb. Missão madrinha de casamento, acho que é isso… Quando eu voltar é que irei me resolver com o novo emprego, muita coisa acontecendo. E eu ainda inventei que quero mexer no site, mas não arrumei ngm ainda. Vida que segue.
Resolvi escutar a lista dos 100 maiores discos da música brasileira, publicada pela revista Rolling Stone Brasil em outubro de 2007. Não faço críticas profissionais e muito menos entendo de música, mas achei que fosse ser legal diversificar um pouco a minha playlist. Então, um LEMBRETE IMPORTANTE: esse post é subjetivo. A parte I está aqui.
90. Quem é Quem (1973) – João Donato
Contexto: este álbum destaca-se pela fusão inovadora de jazz, bossa nova e música latina, refletindo a versatilidade e o talento de João Donato como compositor e instrumentista.
Minha opinião: eu gosto de escutar música de manhã cedinho e achei esse um disco muito matutino. Algumas faixas me lembraram de Los Hermanos e achei que foi muito musical da minha parte kkk porque tem várias referências citando eles mesmo Nota: 7/10
89. Carnaval na Obra (1998) – Mundo Livre S/A
Contexto: conhecido por mesclar ritmos regionais brasileiros com influências do rock e do funk, este disco exemplifica o movimento manguebeat, do qual a banda foi uma das precursoras.
Minha opinião: “Ó minha pobre próstata inerte” com certeza é um dos versos que já existiram. Nota: 6/10
Você já parou pra pensar por que a gente pega geral? Tipo, de verdade, o que tem por trás disso? Escutei essa pergunta no podcast Meu Inconsciente Coletivo, com o psicanalista André Alves. A host começou o episódio com essa provocação: “O que a pessoa que pega geral quer pegar?”
André comenta que cada um dá um significado pra pegação, e então eles exploram alguns vetores bem interessantes:
Turista da cultura: quer conhecer tudo, quer passar por tudo, etc;
Vingativo: quer mostrar (pra alguém) que é capaz;
Abandono: fui abandonado, me senti profundamente desamparado e agora quero distribuir a perda;
Consumista: quero números.
Eu nunca fui uma boa solteira, e esse episódio mexeu comigo de um jeito curioso — de observância mesmo. Me vi em todas essas posições. Lembro que, no meu primeiro momento solteira, falei que ia fincar minha bandeira em todos os territórios. E foi o que eu fiz. Nos meses seguintes, nada me escapou: homens mais velhos, mais novos, gordos, magros, pretos, brancos, estudantes, trabalhadores, moleques, gente fina, babacas… Um cardápio variado de experiências. Até ok, mas sem grandes lições no final das contas. Tipo uma viagem de férias que você até curte, mas chega uma hora em que tudo o que você quer é voltar pra casa, sabe?
Se você já ouviu Take Me to Church, provavelmente conhece Hozier, mas esse artista irlandês vai muito além de um sucesso viral. Com uma voz profunda e letras poéticas, ele construiu uma carreira marcada por músicas que misturam paixão, melancolia e crítica social.
Nascido Andrew John Hozier-Byrne, o cantor de 35 anos é pisciano e tem suas influências principalmente no blues, folk e soul. Antes da fama, Hozier estudava música no Trinity College Dublin, com foco em teoria musical e performance. No entanto, ele abandonou os estudos para se dedicar completamente à carreira artística.
Então, ele compõe Take Me to Church em 2013 e grava a música no sótão da casa de seus pais, abordando temas como repressão religiosa e liberdade de expressão. O videoclipe mostra um casal gay sendo perseguido e viralizou rapidamente no YouTube e no Reddit, chamando a atenção da gravadora Columbia Records, que lançou a faixa mundialmente. A canção foi indicada ao Grammy de Canção do Ano em 2015 e consolidou Hozier como um artista relevante na cena musical.
Em Babygirl, Romy é uma poderosa CEO de 57 anos que tem todos os aspectos da sua vida sob controle: um casamento sólido, filhas amorosas e uma empresa de sucesso. Uma mulher bem-sucedida. No entanto, em um dia aparentemente comum, algo a desestabiliza. A caminho do trabalho, ela se depara com um cachorro feroz correndo em sua direção. O terror dura apenas alguns segundos, pois um assovio corta o ar e o animal muda de curso indo na direção oposta para receber petiscos das mãos de um rapaz. Esse rapaz é Samuel, um estagiário da empresa de Romy. Pouco se sabe sobre ele, exceto que suas atitudes são atrevidas e desafiadoras.
Desde o início, o filme deixa claro que, apesar de Romy ter o mundo aos seus pés, algo lhe falta: o direito ao orgasmo. Na cena de abertura, vemos um momento ardente entre ela e seu esposo bonitão, mas quando o sexo termina, Romy se dirige apressadamente ao escritório e, sozinha, alcança o clímax assistindo a um filme pornográfico.
Resolvi escutar a lista dos 100 maiores discos da música brasileira, publicada pela revista Rolling Stone Brasil em outubro de 2007. Não faço críticas profissionais e muito menos entendo de música, mas achei que fosse ser legal diversificar um pouco a minha playlist. Então, um LEMBRETE IMPORTANTE: esse post é subjetivo.
100. Circense – Egberto Gismonti (1980)
Contexto: este trabalho instrumental destaca-se pela fusão de música erudita, jazz e elementos da música brasileira, evidenciando a versatilidade e genialidade de Gismonti como compositor e multi-instrumentista.
Minha opinião: nunca tinha escutado falar do Egberto Gismonti, comecei ouvir meio desanimada e com certa resistência, mas pra minha surpresa, acabei gostando. Apesar de ser animado, se você colocar só pra ouvir, vai ser entediante, mas achei um ótimo companheiro para escrita (pra leitura achei agitado demais). Nota: 7/10
99. Revoluções Por Minuto – RPM (1985)
Contexto: marcado por hits que dominaram as paradas, este álbum mescla rock e música eletrônica, refletindo as tendências musicais dos anos 80 no Brasil.
Minha opinião: de RPM eu acho que só conhecia a música do BBB e Olhar 43, acredita? A real é que acho a voz do Paulo Ricardo irritante e as batidas meio psicodélicas entraram na minha cabeça e quase não saíram mais, mas não de uma forma positiva. Nota: 5/10
Quando decidi assistir Armadilha no cinema, fui motivada pelo histórico do M. Night Shyamalan, um diretor que já havia me surpreendido com obras como O Sexto Sentido e Fragmentado. A história se desenrola com Cooper (Josh Harnett) levando sua filha para o show da grande promessa do pop: Lady Raven.
O que parecia ser uma simples noite de entretenimento logo se revela como uma armadilha arquitetada para capturar um serial killer conhecido como O Açougueiro.
A ideia tem fundamento: em 1985, o Serviço de Delegados dos EUA conduziu a Operação Flagship, uma emboscada que convenceu mais de 3.000 fugitivos a comparecerem a uma falsa cerimônia de premiação com a promessa de ganhar ingressos para um jogo de futebol americano.