GRAVAR UM PODCAST
23.09.2025

Podcast é o meu programa favorito. Pra lavar louça, fazer exercício e até dormir, eu coloco algo pra ouvir. Ai você me pergunta: MAS QUE PODCAST? E eu te respondo: qualquer um. Escuto true crime, conversa fiada, mulheres inspiradoras, juro. Qualquer coisa. Dito isso: eu queria muito ter um podcast, mas me falta talento.

Esse era o item número dois da minha listinha de coisas para fazer até o meu aniversário de trinta e três anos. O formato que eu queria era de uma conversa: chamar dois amigos com opiniões divergentes sobre assuntos aleatórios e ficar ali sendo besta por meia hora.

Não rolou, sei lá, acho que me falta carisma & dicção kkkk. Mas trato é trato e eu gravei um podcast, não o que eu queria, mas o possível que sou lendo um capítulo de uma livro que eu estava escrevendo (mas já parei). Enfim, gostei, foi uma experiência legal gravar no meu quarto com um microfone barato. Você pode escutar aqui.

Aproveitando que já estou aqui gostaria de recomendar três podcasts que eu curto e um não tão legal assim.

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11 ANOS DE BLOG
09.09.2025

Até hoje me lembro como tudo começou: sentava numa mesa do finado supermercado Extra e ficava fazendo mil planos sobre o que viria ser a minha atividade favorita do universo. Me arrependo muito de ter escrito para outros blogs e ter perdido alguns conteúdos, mas quando paro e penso nesses onze anos de jornada e mais de 500 escritos, sinto orgulho.

No primeiro aniversário, o blog ainda se chamava antes das cinco, a Nath ainda escrevia aqui e eu morava em Uberlândia. Foi o meu primeiro contato com jornalismo, sabe? Nessa jornada, aprendi coisas muito valiosas como ter voz própria, saber as coisas que eu gosto e dar opinião.

Quando fiz cinco anos de estrada, o tema tinha mudado e eu estava sozinha nessa caminhada. Minhas fotos melhoraram. Minha escrita também, mas também gastei mais dinheiro do que deveria com produção… porém tinha a certeza de que eu tinha me encontrado.

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CONTINUE A NADAR…
01.09.2025

Agora com onze anos de blog, lembrei de uma entrevista que a Julia Pettit disse que teve muita dificuldade para deixar o Petiscos, blog dela. Lembrei que ela disse que não fez terapia nem quando o pai dela morreu, mas teve que fazer para abandonar esse projeto. 

Eu estava me sentindo um pouco assim também. O meu blog por muito tempo foi tudo pra mim: onde eu escrevia meus sentimentos, as coisas que eu gosto, virou até portfólio de trabalho… mas com o passar dos anos, as postagens foram ficando cada vez mais espaçadas, algumas categorias foram sumindo e eu também fui me perdendo no processo. 

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33
26.08.2025

Em todos os lugares em que estive e voltei tiveram a ver com gente. Fiquei pensativa sobre o papel das pessoas na minha vida. Conviver é difícil, né? Mas também é onde tudo acontece. Os dias bons são dias bons, só isso. Agora os ruins, constroem relações, as trocas e é quando nasce o amor que é esforço, mas também é força.

Hoje faço trinta e poucos e envelhecer tem sido uma onda. As pessoas já não me olham tanto assim, então aproveito pra olhá-las. Tenho ficado mais observadora, entendendo que os livros que eu leio, são escritos por gente como a gente. Professores, artistas, pais, pessoas que não fazem a menor ideia do que estão fazendo.

Confesso que fiquei triste quando descobri que não tem isso de alma gêmea. É tanto ex pelo mundo: amigo, amante, chefes… Nem da pra sentir raiva quando a gente se machuca porque agora eu sei: essas pessoas estão tentando também.

A idade traz essa maturidade do deixar ir só porque é mais simples assim mesmo e, às vezes, perceber que você é meio babaca também faz tudo parecer menos difícil.

Tem pessoas que a gente nunca vai esquecer, mesmo que tenha passado só um pouquinho de tempo com elas. Tem gente que vai embora, mais fica.

Hoje, aos 33, sou grata pelas pessoas ao meu redor, pelas relações de carinho e amor que construí. Obrigada por me deixar acertar com vocês, mas principalmente por me deixar errar, pelas vergonhas e as risadas que damos disso.

Espero que vc esteja aqui comigo ano que vem mais uma vez. ❤️

UM DIA VOCÊ ACORDA E ESTÁ DIFERENTE
27.05.2025

Quando me divorciei eu coloquei porque coloquei na cabeça que queria ser uma pessoa diferente. Entrava nas redes sociais e me maravilhava com histórias de pessoas que, do dia pra noite, mudavam de emprego, cidade e personalidade. Dormia todas as noites planejando como seria o dia seguinte, que seria diferente, mas não adiantava. Pra onde eu ia, eu estava.

Me frustrei com a ideia de não conseguir ser uma pessoa diferente. Perdi as contas de quantas personalidades eu sonhei em ser: de mulher bem-sucedida cheia de trabalho, correndo pelas ruas da cidade com um grande copo de café a uma mulher viajante que não pisa o pé em casa por meses.
Fiquei tão aficionada pela ideia de ser uma pessoa diferente que nem me liguei quando, de fato, aconteceu.

Eu te entendo, Gregor Samsa

De repente não gostava mais de ler os mesmos livros, me interessei por outras músicas, passei a prestar mais atenção nos filmes, as pessoas ao meu redor estavam diferentes e minhas roupas pareciam parte de uma vida que eu nunca vivi.

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[SEM DATA] ALVORADA, TO
24.02.2025

Querida Evinha, boa noite, amor!
Eis-me nesta sossegada cidade de Alvorada. Uma cidade que encontrei adormecida às nove horas da noite. Começo amanhã meu trabalho, espero que corra tudo bem, embora os negócios estejam um pouco parados. Estou meio melancólico, mas isso passará, espero.

Ah! Escrevo para “aquela que me medita. Ela sonha e esse sonho sou eu.” E depois, quando em mãos, não se tem papel para transmitir ideias – cria-se condições, mesmo sendo inapropriadas são válidas.

Como alma perdida, na escuridão da noite, vaguei pelos cumpridos corredores do hotelzinho de 2ª classe, onde sem luz passo a noite. Queria escrever-lhe mas não tinha papel, resolvi então sair em busca. Tateando pelos corredores batia na porta da direita e da esquerda:
— Me arruma uma folha de papel? E a resposta:
— Não tenho.
No finalzinho do corredor encontrei estas folhas de caderno. Ufa! que alívio.

E agora, eis-me aqui, sentado a sua frente. Cigarro nos lábios, papel e caneta a mão, rosto inclinado – e as ideias? Sumiram!!!

De todos os defeitos que trago comigo, o menos elogiável é sem dúvida, a falta de conhecimentos, os demais são imperdoáveis, mas fazem parte da vida e as pessoas podem até compreendê-los.

…Um rosto inclinado que pensa. Pensa em você e só sabe dizer: “Evinha” “Evinha” “meu benzinho” “Meu benzinho” “Eu te amo “Eu te amo”.

Pretinha querida, quando na 2ª feira que sai dai, vim dormir em Guaraí, onde vendi 250 mil. Na 3ª, dormi em Miranorte, onde vendi 160 mil. Na 4ª, fui à Lagoa da Confusão, mas na volta dormi em Cristalândia. E hoje 5ª, aqui estou em Alvorada, de onde lhe escrevo.

Não consegui encontrar a Terezinha. Falei com o pai dela -sr. Plandô. Mas o cano foi confirmado. Adeus tutú!

Quanto a mulher de Alvorada, prometeu arrumar o dinheiro de hoje até 2ª feira próxima.

O Gabriel foi embora, ele me aborrece um pouco, mas quando ele vai, sinto falta. Talvez seja a falta de seus enjoamentos.

Evinha, nós, os homens, tomamos ares importantes, mas conhecemos, no intimo do coração, a hesitação, a dúvida, a tristeza…

O Gabriel está terrivelmente abatido… Os negócios… A Aninha etc. etc. Pediu-me ele, que arrumasse 250 mil em cheques dos meus fregueses e + 250 mil quando for ao Mato Grosso, totalizando 500 mil, em troca da variante. Tive de aceitar. Agora temos dois carros, mas fico devendo as firmas.

Diante das dificuldades para concretizar nossa união. Diante dos prejuízos que venho tomando, senti um pouco em duvida, mas acabei por topar a parada, porque penso que “o viajante que sobe uma montanha na direção de uma estrela, quando se deixa absorver pelos problemas da escalada, está arriscado a esquecer qual estrela o guia”. Se só age por agir, não irá a parte alguma. E eu não quero esquecer a minha estrela, porque sem você não irei a parte alguma. Talvez este negócio, um pouco arriscado, seja a solução mais rápida para nós. Queria que minha “estrela” tivesse confiança em mim e não pensasse que estou acomodado, como você vem pensando.

De outra parte penso que, a zeladora de uma igreja, quando se preocupa demasiado com a disposição das cadeiras, está arriscada a esquecer que serve a um Deus. Assim, prendendo-me demasiadamente a ideia de só arrumar o dinheiro para o casamento, estou arriscado a esquecer a noiva.

Evinha, inclinado sob a luz da vela já queimei o cabelo duas vezes, mas é por causa da fumaça do cigarro que tenho picumã no nariz.

Meu benzinho, tenho tentado disfarçar minhas preocupações, mas a verdade é que, estou constantemente envolvido pelas próprias condições do aborrecimento. E entretanto, divindades invisíveis constroem-nos numa rede de direções, de declives e de sinais, numa musculatura secreta e viva. Não há mais uniformidade. Tudo se orienta. Até mesmo um silêncio em mim, não se parece com outro silencio.

Sabe, Evinha, pensando bem, há um silêncio de paz, quando estou escrevendo a você, quando a noite traz sua frescura e parece que a gente para num porto seguro, como sua presença amiga e companheira. Há um silencio do meio dia, quando o sol impede os pensamentos e os movimentos. Há um falso silêncio, quando você está distante, porque conheço de perto a religião interior. Há um silêncio de conspiração, quando se sabe que as pessoas tentam fazer sua cabecinha contra mim. Há um silêncio de mistérios, quando os inimigos que a gente pensa ser amigos se reúnem e confabulam para saber nossas vidas. Há um silêncio tenso, quando estou longe e me veem temores de que jamais voltarei a vê-la. Um silencio agudo quando, a noite, a gente prende a respiração para escutar. Um silencio melancólico, se a gente se lembrar do que ama.

DISCLAIMER

Encontrei algumas cartas que meu pai escreveu para minha mãe, essa estava sem data mas desconfio que seja no início dos anos 80.

AQUELA EM QUE EU NÃO SABIA O QUE ESCREVER
17.02.2025

Queria escrever, mas dai tomei muito café e em troca recebi muita tremedeira. Dessas que chacoalham a gente por dentro, sabe? Vão querer dizer que é ansiedade, mas eu não deixo. Estou com vontade de chorar, mas não é angústia, aquele choro ruim… É só vontade mesmo, de tédio. Tem dias que eu tô assim, sento na cama e falo: vai, Luma, eu deixo você chorar, dai não choro e vou lá arrumar meu quarto que tá uma bagunça. Talvez se eu assistir uma comédia romântica bem água com açúcar resolva.

Me sinto mal por ter o blog há dez anos e não saber mais como usá-lo. Antes tinha resenha, foto, livro, tudo, nada e era bom, agora estou confusa, então resolvi fazer texto porque queria contar como foi meu dia ou sei lá, só falar sobre as coisas da vida mesmo.

A primeira coisa é que eu comecei reparar que ando muito resistente pra gostar das pessoas. É que eu não quero me machucar e eu sei que isso é inevitável, sofrer faz parte da experiência, mas não sei, tanto tempo de coração fechado me deixou desconfiada e me parece tão cansativo isso de gostar. Tem que pensar se é reciproco, tem que pensar em como ou por que, tenho que pensar no que digitar, não sei se sou carinhosa o suficiente ou se estou sendo fria demais… Sabe, eu achava que quando fosse pra valer, não teria como fugir, achei que fosse mais simples, com 17 anos, era.

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WELCOME TO MY DELIRIUM
31.12.2024

Welcome to my delirium – Ter um novo caderno para começar o ano é uma tradição que carrego comigo. Confesso que já acumulei uma quantidade quase maníaca de cadernos inacabados, mas não consigo resistir à ritualística de iniciar algo novo no primeiro dia do ano. Nos últimos anos, escolhi as cadernetas da Muisis, que gosto bastante. Este ano, no entanto, nenhuma das capas chamou a minha atenção. Por isso, comecei uma busca online por algo que encantasse meu olhar e encontrei a Ffovy por meio de um post patrocinado no Instagram.

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TRINTA E DOIS
29.08.2024

Tenho trinta e dois anos. Há alguns dias, me sento para escrever este texto, mas nada vem. Então, agora me esforço para sentar aqui e digitar estas palavras que podem ser descartadas até chegarmos ao glorioso fim.

Estou vivendo uma fase bonita, um ano de mudanças significativas, pensamentos interessantes e muitas descobertas. Pela primeira vez em bastante tempo, não estou focada em terminar ciclos: não preciso mais concluir o pagamento de dívidas, acabar a faculdade ou encontrar um emprego. Agora, abro espaço para novos começos.

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ESTRUTURA
23.04.2024

Estrutura – Estou escrevendo um livro de acordo com o livro Manual Do Roteiro do Syd Field e vim compartilhar com vocês um pouco do meu processo. No primeiro capítulo Field nos fala sobre a diferença entre:

Romance: a ação dramática, geralmente acontece na mente do personagem principal.
Teatro: a ação ocorre na linguagem da ação dramática; que é falada em palavras.
Filme: meio visual que dramatiza um enredo básico.
Roteiro: história contada em imagens, diálogos e descrições, localizada no contexto da estrutura dramática.
Então um roteiro é basicamente uma pessoa > num lugar > vivendo suas coisas.

O roteiro tem uma forma: início, meio e fim.
Isso é o que chamamos de estrutura ou structura: construir / organizar e agrupar elementos diferentes / relacionamento entre as partes e o todo.
Eu explico: sabe um jogo de xadrez? Bom, ele é composto de quatro partes: o jogador, as peças, o tabuleiro e a regra, quatro partes essas que se unem em prol de um todo: o jogo de xadrez. Isso é uma estrutura.

Um paradigma é um exemplo, um modelo conceitual… Por exemplo: uma mesa é um paradigma. Um tampo que se apoia em quatro pernas. A partir dai, pode ser uma mesa baixa ou alta, redonda ou quadrada, de vidro ou madeira… de qualquer forma, o paradigma não muda, uma mesa continua sendo um tampo sustentado por quatro apoios. Vejamos então o paradigma do roteiro:

Esquema retirado do livro Manual do Roteiro

Considerando que o livro fala sobre roteiro de filme, é dito que uma página corresponde a um minuto de filme, ou seja, um filme de 120 minutos corresponde a um roteiro de 120 páginas. Vejamos:

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METAS 2024
01.01.2024

Metas 2024 – Feliz ano novooo! Graças a Deus 2023 acabou, vou te contar viu, que aninho fela da gaita, esse… Mas beleza, vamos superar e seguir em frente, mas antes de seguir em frente kkkk preciso hablar um detalhe: eu passei quase que o ano passado INTEIRO desempregada e isso foi desesperador, mas também muito bom pra colocar juízo nessa cabeça de vento que vos fala. Por isso minhas metas esse ano são muito baseadas em NÃO GASTAR TODA A MINHA GRANA.

A vida vai acontecendo e a gente vai se deixando levar pelos acontecimentos, assim sendo, a minha maior meta para 2024 é viver com mais propósito e de alguma forma conseguir encontrar paz nesse equilíbrio entre viver e consumir. Então separei as coisas que eu gosto de fazer e tentar colocar regras que façam sentido e que me ajudem a ter a vida dos sonhos.

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NOVE ANOS DE BLOG
08.09.2023

Nove anos, quem diria? No dia oito de setembro de 2014, eu escrevia o primeiro post junto com a minha amiga Nathalia no antesdascinco.com. Era uma segunda-feira e eu me lembro da empolgação para mostrar aquele layout rosa e azul aquarelado para o mundo. O que era pra ser uma brincadeira de amigas acabou virando um espaço de acolhimento. Eu até hoje sou uma desistidora de carteirinha, mas posso bater no peito e dizer que mantenho um projeto por quase uma década.

Fiz um "bolo" de panquecas. Querem receita?

Lá atrás eu falava sobre o meu medo de me expôr e ser julgada pelo meu senso estético, mas também falava sobre a importância de FAZER. Como é bom poder olhar para esses nove anos e ver o meu crescimento, o amadurecimento, a vontade de sempre querer mais. Confesso que não estou na minha melhor fase, mas poder digitar meu nome ali na busca e aparecer um site meu, cheio de memorias e possibilidades é gigantesco.

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@lumiconunes