BINDING 13 (WALSH CHLOE)
22.07.2025

Binding 13 é um slow burn que conta a história de Johnny Kavanagh. Aos 17 anos o cara é uma máquina. Ele respira rúgbi e é ótimo no que faz, uma lesão grave, porém, está colocando sua carreira em risco. Apesar da pouca idade, Johnny circula entre os adultos com facilidade e tenta ser bem maduro, garotas nunca foram um problema, até agora. Shannon Lynch é a novata da escola, ela é tímida e misteriosa, seus segredos são perigosos.

Tá, vamos lá, eu normalmente não curto muito esses romances em que nada acontece, feijoada. Eu fiquei bastante entediada até um pouquinho antes da metade. Apesar de depois ter fluido muito bem, o livro poderia ter tranquilamente 300 páginas a menos. Quem escreve um romance adolescente de 700 páginas, meu deus?

O fato é que eu também preciso lembrar a minha idade e a idade dos personagens kkk. Fiquei um pouco aflita porque achei que seria um hot, então pareceu desconfortável pra mim a possibilidade de que os protagonistas fizessem sexo. Spoiler: não fizeram.

Leia a resenha de O Acordo aqui

O que me fez gostar de Binding 13 é que claramente houve um trabalho de pesquisa. Eu achei o conflito do Johnny beeeem interessante. Você realmente consegue imaginar como ele se sente com uma lesão tão grave (dica: não pesquise no google kkk). O plot da Shannon é muito bom e me lembrou um outro Uma Razão Para Respirar.

Os personagens são muito carismáticos, então é bem fácil se apegar a todos e ficar com vontade de ler os outros romances, mas não sei se o farei. Os meus incômodos ficaram por conta de alguns amadorismos. A condição física da Shannon foi citada pelo menos 7854522 vezes, juro, não tava aguentando mais ouvir o quanto ela era pequena, magra, miúda, entre outros substantivos. Queria também que a escritora tivesse aprofundado mais no motivo do bullying, não que precise de um motivo, mas a parada era tão intensa que simplesmente não consegui captar e não entrou na minha cabeça todo o mau trato ser apenas porque ela é bonita demais rs.

A parte da violência domestica é realmente pesada. Me deixou muito triste (sim, eu chorei um pouquinho), eu gostaria que a escritora tivesse feito uma conscientização a respeito de denúncia, mas ela fez o oposto. Sei que a escrita não precisa ter uma função social assim, mas nesse caso, achei que super caberia.

E por último, assim como a repetição da magreza, a escritora usa um recurso muito comum pra encher linguiça (eu usei muito no meu primeiro romance) que é usar música, sei lá, não sinto que isso gere uma imersão ou emoção, como era a intenção.

Binding 13 tem a continuação Keeping 13, confesso que fiquei curiosa pra ler, mas a quantidade de páginas desmotiva, porém, vamos lá.

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