Olá pessoal!
Bem, eu não queria falar sobre esse livro hoje porque o blog tá ficando meio mórbido rs, mas é que ontem foi aniversário do Raphael Montes e como já estamos mais ou menos por dentro do assunto resolvi fazer essa resenha, como homenagem de aniversário para ele.
Pois bem, “conheci” o Raphael através de uma entrevista no Programa do Jô. Eu, que tinha acabado de publicar um livro, fiquei encantada com esse escritor jovem, como eu, e tão bem sucedido. Na ocasião, ele tinha ido divulgar o livro Dias Perfeitos (aguarde resenha), e eu gostei demais do jeitinho dele, o achei super simpático, com um carisma incrível.
Um tempo depois, eu estava no aeroporto quando vi o Dias Perfeitos, eu só tinha o dinheiro para lanchar, mas não pensei duas vezes e comprei (acontece rs). Assim que terminei a leitura – uau! Eu precisava de mais e foi ai que acabei comprando o Suicidas.
Comecei ler umas 16h de um sábado e terminei 5h de um domingo. Eu simplesmente não podia dormir e deixar a próxima parte para o dia seguinte.
“Hoje é a primeira vez que pisaremos em Cyrille’s House sem a presença dos nossos pais. Também não poderia ser diferente. Não estamos indo para brincar no balanço ou nadar na piscina enquanto nossas mães conversam sobre a última moda em Paris. Desta vez, iremos por algo muito mais sério. Nós decidimos nos matar.”
Um ano após serem encontrados os corpos de Alessandro, Zak, Ritinha, Lucas, Maria João, Dan, Waléria, Noel e Otto em um estado lamentável, as mães dos nove jovens se reúnem na delegacia para ouvirem os esclarecimentos sobre o fatídico dia, nessa reunião são lidas as páginas do diário de Alessandro, que narra com exatidão desde o momento em que eles planejaram o ‘jogo’ até a hora da morte de cada um.
O clima de tensão e angústia tomam conta da leitura. Meu estômago embrulhou várias vezes e em alguns momentos consegui até sentir o cheiro da cena. Raphael descreve muito bem toda a situação, tudo passou como um filme na minha cabeça.
O escritor captou com muita verdade a realidade de ser um escritor nacional iniciante, gostei bastante dos diálogos e fiquei realmente impressionada com a narração. Imagino que ele tenha tido um longo período de pesquisas para descrever tudo com detalhes tão verídicos.
Considero um dos meus livros favoritos, mas não indico para pessoas que tem alguma fraqueza para sangue na tela.
“Nunca fui bom em travar diálogos, nunca soube fingir interesse por assuntos alheios. Nunca acreditei na eficiência das palavras. Como escritor, brinquei com elas por tempo suficiente para perceber que não dizem nada, podem ser forjadas, como a embalagem bonita de um bombom envenenado.”
Feliz aniversário, Raphael Montes e Téo!
[…] gosto de emprestar e ponto, embora as vezes ceda :/ mas jamais tocarão no Suicidas do Raphael […]
[…] eu não fazia a menor ideia do que estava fazendo. O Raphael disse a mesma coisa, ele escreveu Suicidas aos 16 anos de maneira bem irresponsável até. Tudo isso fez mais sentido ainda quando li o […]
[…] Suicidas – Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? […]