O FIM DO BAD BOY: POR QUE AS ADAPTAÇÕES DE NEW ADULT ESTÃO FALHANDO?
13.10.2025

Quem cresceu apaixonada pelos clássicos românticos já percebeu: as histórias de amor da ficção já não são mais as mesmas. O romance, que antes era o centro da narrativa, hoje aparece diluído, quase escondido em meio a doses exageradas de comédia.

Se antes vibrávamos com a notícia de uma adaptação, hoje a sensação é de desânimo, pois já sabemos que dificilmente ela vai entregar a mesma magia. Os New Adults, por exemplo, não funcionam tão bem nas telas.

Um bom exemplo é Belo Desastre. Lançado em 2011, o livro foi febre absoluta, mesmo carregando problemáticas. Mas a adaptação demorou quase 15 anos para sair, quando a legião de fãs já tinha amadurecido e perdido o encanto pelo clichê do bad boy universitário. Era o fim do bad boy, o público já havia migrado para outras fantasias (oi, milionário dominador!) e o filme acabou vergonhoso, infiel e irrelevante, passando despercebido até pelos assinantes de streaming.

Outro exemplo é After. Nascido como fanfic de One Direction, o livro arrebatou leitoras e transformou Hardin Scott em ídolo literário. Mas a adaptação, que levou uma década para chegar, pecou pelo elenco sem carisma. Mesmo sendo mais fiel que Belo Desastre, a trama perdeu fôlego rapidamente e cansou já no segundo filme da franquia de cinco.

O público mudou. Já não se encanta com jovens rebeldes problemáticos nem com mocinhas sem voz. Vivemos a era do protagonismo feminino: queremos mulheres fortes, que se impõem, e homens que saibam respeitar limites. Relacionamentos tóxicos são reais e a romantização dessas relações, que sufocam em vez de acolher, não tem mais lugar no coração de quem consome essas histórias.

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