Comecei a estudar Psicologia. Tenho 33 anos e minha sala é cheia de adolescentes — o que, pra mim, é um desmotivador. Além disso, os nomes das matérias são supercomplexos, o que me deixou completamente perdida. E essa, para mim, é a pior parte de aprender algo novo: perceber o quanto ainda somos ignorantes naquele assunto.
Não consegui participar muito das aulas até agora. Fui na primeira semana, mas na segunda tive que trabalhar à noite, na terceira foi feriado e, na última, só teria aula na quinta e na sexta, então me dei a semana de folga. Essa semana, minhas aulas são segunda, quinta e sexta, mas como vou viajar na próxima semana, resolvi deixar para começar de verdade só em abril — isso se eu não tiver reprovado por falta até lá.
O mais difícil é encarar esse choque de realidade. Aos 32, quase 33, eu sei que não sou velha, mas sou mais velha. É estranho lidar com pessoas que acabaram de sair do ensino médio, enquanto eu me despedi da escola há quase 17 anos. Acho que é a minha maior resistência: conviver com os novinhos, que agora começaram a questionar coisas que eu já deixei para trás faz tempo.
Se eu voltar em abril e tudo der certo, volto para contar como foi o semestre. Até lá, você torce por mim?
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