ESTRUTURA E EVENTOS
01.09.2021

ESTRUTURA & EVENTOS – Uma vez no seriado White Collar (recomendo), o Neal precisava de uma identidade falsa para fugir, mas não podia ser qualquer identidade, tinha que ser perfeita. Então ele encontrou um homem que cultivava identidades: pegava certidão de nascimento de bebês mortos (é, eu sei…) e as alimentava no decorrer da vida, conforme eles cresciam; com cartões de biblioteca, contas bancárias e formulários de seguro.

Toda essa história só pra dizer que o seu personagem precisa ser assim. Uma coisa que sempre admirei na J.K. Rowling foi sua capacidade de criar árvores genealógicas inteiras para os seus personagens. Para além da questão de que traçar um perfil físico, sociológico e psicológico ajuda bastante a não se perder e principalmente a não entrar em contradição, é muito importante que seu personagem tenha uma vida para que você consiga estruturar e ambientar sua estória.

Mas Luma, preciso contar a história de vida toda do meu personagem? Claro que não! Segundo Mckee em Story: A marca do mestre é selecionar apenas alguns momentos, mas nos dar uma vida inteira (p.43).

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POR QUE CONTAMOS HISTÓRIAS?
01.10.2020

Eu amo contar histórias, minha família é cheia delas! Falo alto, dramatizo e morro de rir mesmo que já tenha contado a mesma coisa quinhetas vezes. Mas nunca tinha me perguntado: por que contamos histórias e por que isso é tão importante?
Recentemente, fiz um curso de roteiro para iniciantes cuja primeira aula foi esse questionamento. Por isso, achei válido vir compartilhar um pouco com você.

Então vamos começar dizendo que nunca contamos uma história à toa, sempre tentamos incutir um significado a ela mesmo que nas entrelinhas.
Pedro Riguetti meu professor do curso, levantou um ponto que me deixou bastante pensativa, ele disse que até nas histórias mais banais reproduzimos séculos de modus operandi.
Mesmo que a história seja à primeira vista inofensiva, podemos estar passado para frente ideias de heteronormatividade e branquitude, por exemplo.

Há cerca de 70 mil anos, os organismos pertencentes à espécie Homo Sapiens começaram a formar estruturas ainda mais elaboradas chamadas culturas. O desenvolvimento subsequente dessas culturas humanas é denominado história.

Sapiens – Uma Breve História da Humanidade
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LOGLINE
14.08.2020

LOGLINE – Imagina que você escreveu um livro muito bom e está em busca de uma editora, mas não está fácil. De repente você entra em um elevador e logo em seguida o editor da sua editora dos sonhos também entra. Ele vai sair um andar antes do seu, portanto é a oportunidade perfeita para você vender seu peixe. Então, como você contaria a sua história em um minuto?

Esse é o conceito da Logline: contar a sua história de uma forma breve e atrativa.
O quão breve? Bem, em uma ou duas frase. Veja bem esse exemplo:

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STORY CUBES
29.04.2020

Oie! Ontem nos stories chamei vocês para brincarem de Story Cubes comigo.
Story Cubes é um joguinho bem bacana e criativo. São 9 dados (54 figuras) e só.

INSTRUÇÕES

Ao jogar os dados, observamos as faces que estão viradas para cima.
Cada imagem é um elemento de uma história que você vai inventar, então seja criativo!.
A sugestão é usar 3 dados para o início, 3 para o meio e 3 para o final.

Então aqui está a historinha maluca que eu inventei! Pega um papel e uma caneta e vem jogar comigo!

STORY CUBES #1 – O INCENDIÁRIO

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ESCRITA #1: A HISTÓRIA QUE VOCÊ QUER CONTAR
10.04.2020

ESCRITA – Quer escrever um livro? Então, você é capaz. Muito se fala de dom, nunca acreditei nisso e compartilho do mesmo pensamento do escritor Raphael Montes, ele diz: não é dom, é no máximo predisposição.

Uns dias atrás reclamei que minha inspiração tinha sido roubada pelos processos da escrita. Quando eu tinha 19 anos, escrevi um livro e pareceu muito fácil! É um livro bem escrito? Não. Mas fui capaz de escrever 193 páginas, então isso deve valer alguma coisa.

Isso aconteceu porque eu não fazia a menor ideia do que estava fazendo. O Raphael disse a mesma coisa, ele escreveu Suicidas aos 16 anos de maneira bem irresponsável até. Tudo isso fez mais sentido ainda quando li o discurso Make Good Art de 2012 do Neil Gailman (que eu recomendo fortemente que você leia aqui), ele diz:

“As pessoas que sabem o que estão fazendo conhecem as regras, e sabem o que é possível e o que é impossível. Vocês não. E vocês não devem. As regras sobre o que é possível e impossível nas artes foram feitas por pessoas que não tinham testado os limites do possível indo além deles. E vocês podem.”

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NaNoWriMo
30.10.2019

Há uns anos eu me deparo com esse termo esquisito, então sem mais delongas NaNoWriMo é a abreviação de NAtional NOvel WRIting MOnth, ou seja, Mês Nacional de Escrita de Romances.

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PUBLIQUEI UM LIVRO II
11.09.2019

Continuando com a série do escrevi e publiquei um livro, a primeira parte está aqui.
Vamos para a parte de encontrar uma editora. Bom, eu não sabia como funcionava um processo de publicação e o que eu fiz foi mandar e-mails para grandes editoras perguntando sobre como funcionava.
Algumas nem responderam, outras cobraram 15 mil reais e eu fiquei a ver navios.

Deveria enviar meu manuscrito? Deveria desistir? A solução que encontrei foi me inscrever em alguns concursos, quando não obtive resultados percebi que pagar para publicar era a melhor saída (não façam isso em casa, crianças).

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PUBLIQUEI UM LIVRO I
04.09.2019

Oi pessoal, esse provavelmente é o post que mais escrevo e apago nesse blog. Mas agora vai, vocês fizeram algumas perguntas no Instagram sobre escrita e acho que é uma boa maneira de começar.

INSPIRAÇÃO E PROCESSO CRIATIVO

Muita gente perguntou sobre minhas fontes de inspiração, então vamos começar do começo. Publiquei em 2013, eu tinha 21 anos e esse momento da minha vida, influenciou na escrita do livro. Acredito que para criar conteúdo, primeiro você precisa consumir conteúdo, é dai que vem minha inspiração: livros, músicas, filmes, podcasts, até histórias e gestos de outras pessoas. O escritor é, antes de tudo, um observador.

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@lumanunesblog